terça-feira, 3 de agosto de 2010

Apologia a mulher fatal

A dama da noite invade-me...
Possui meus sonhos com seus olhos piscantes de fêmea.
Torna-me fraco. Desgraçada!

Seus mamilos de vaca encorbetam os meus desejos de macho
Escapo acuado diante daqueles imensos cabelos
que me rasgam em verdadeiros pedaços
da obsessão minha de estar entre teus lábios.Gata preta!

Brutalmente, a tomo em goles de um vinho doce
Eu, como um canalha, a fumo...
Dito palavras entorno de seu ouvido
A minha língua frenética de mancebo...
desliza suave em seu corpo lascivo
Gritas como uma cadela em cio.
Maldita! Vampira que suga meu viver!
Goza diante desse mal
de querer eu sua pele pálida,
que exala a essência de me fazer assassino.Mulher diabo!

Corroe-me esta beleza inércia de vadia,
coroada por frutos proibidos
seu sorriso fácil, aterroriza-me.
e o meu corpo é fébril
por almejar inutilmente sua vagina dentada.
Meretiz de minha dicotomia boba!Ninfa louca!

Mas, é somente sua cabeça independente,
que preciso eu decepar,
servir-me de seu sangue podre
e morrer perante seus pés
Medusa virgem de minha loucura patética!

Cris Lima.

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