nada melhor do que responder com um poema:
SEM NOME
Ela que brota enfim em tardes frias ou quentes.
Vem louca, quase nua.
Insana criatura!Que não se qualifica
Em adjetivos,
Em verbos,
Em metáforas.
Ela que é linda despida
De branco em traços:
Azuis,
Pretos,
Verdes,
Vermelhos,
Multicolorida.
Ela toma na dor da madrugada
Na insônia do amor.
Criatura perversa!SEM NOME ás vezes.
Vem dançarina,
Vem negra,
Vem crioula
Vem branca.
Ela vem invadindo num instante
De gemidos,
De suspiros.
Ela quer sair, viver.
Presa contida no ser
Quer sorrir,
Quer gritar,
Quer ser.
Ela que nasce da saudade
Do desespero,
Do afogo na garganta
Que só descansar quando explode numa folha de papel qualquer.
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